Questão
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Analista de Recursos Humanos (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Analista Financeiro (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Assistente Administrativo (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Assistente Social (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Auxiliar de Consultório Odontológico (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Contador (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Enfermeiro (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Engenheiro Civil (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Farmacêutico Bioquímico (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Instrutor de Esportes (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Médico Veterinário (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Nutricionista (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Professor (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Psicólogo (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico Ambiental (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico em Contabilidade (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico de Enfermagem (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico em Higiene Dental (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico em Informática (Pref Tijucas/SC)
2015
FAUEL
Prefeitura Municipal de Tijucas do Sul (SC)
Técnico em Radiologia (Pref Tijucas/SC)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
CEMITERIO-ELEFANTESA523509ca923
CEMITÉRIO DE ELEFANTES

À margem do rio, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro – ali os bêbados são felizes. A população considera-os animais sagrados, ________ às suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentam-se com as sobras do mercado.

Quando ronca a barriga, ao ponto de perturbar a sesta, saem do abrigo e, arrastando os pesados pés, atiram-se à luta pela vida. Enterram-se no mangue até os joelhos na caça ao caranguejo ou, tromba vermelha no ar, espiam a queda dos ingás maduros.

Elefantes malferidos coçam as perebas, sem nenhuma queixa, escarrapachados .............. raízes que servem de cama e cadeira. Bebem e beliscam pedacinho de peixe. Cada um tem o seu lugar, gentilmente avisam:

– Não use a raiz do Pedro.
– Foi embora, sentiu que ia se apagar e caiu fora. Eu gritei: Vai na frente, Pedro, deixa a porta aberta.
à flor do lodo borbulha o mangue – os passos de um gigante perdido? João dispõe no braseiro o peixe embrulhado em folha de bananeira.
– O Cai N’água trouxe as minhocas?
– Sabia não?
– Agora mesmo ele...
– Entregou a lata e disse: Jonas, vai dar pescadinha da boa.

Chega de outras margens um elefante moribundo.

– Amigo, venha com a gente.

Uma raiz no ingazeiro, o rabo de peixe, a caneca de pinga.

No silêncio o bzzz dos pernilongos ________ o posto de cada um, assombrados com o mistério da noite, o farol piscando ..... alto do morro.

Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado. Puxando os pés de paquiderme, afasta-se entre adeuses em voz baixa – ninguém perturbe os dorminhocos. Esses, quando acordam, não perguntam aonde foi o ausente. E, se indagassem, para levar-lhe margaridas do banhado, quem saberia responder? A você o caminho se revela na hora da morte.

A viração da tarde assanha as varejeiras grudadas ..... seus pés disformes. Nas folhas do ingazeiro reluzem lambaris prateados – ao eco da queda dos frutos os bêbados erguem-se com dificuldade e os disputam rolando no pó. O vencedor descasca o ingá, chupa de olho guloso a fava adocicada. Jamais correu sangue no cemitério, a faquinha na cinta é para _________ peixe. E, os brigões, incapazes de se moverem, basta xingarem-se à distância.

Eles que suportam o delírio, a peste, o fel na língua, o mormaço, as câimbras de sangue, berram de ódio contra os pardais, que se aninham entre as folhas e, antes de dormir, lhes cospem na cabeça – o seu pipiar irrequieto envenena a modorra.

Da margem contemplam os pescadores mergulhando os remos.

– Um peixinho aí, compadre?

O pescador atira o peixe desprezado no fundo da canoa.
– Por que você bebe, Papa-Isca?
– Maldição de mãe, uai.
– O Chico não quer peixe?
– Tadinho, a barriga-d’água.

Sem pressa, aparta-se dos companheiros cochilando à margem, esquecidos de enfiar a minhoca no anzol.

Cuspindo na água o caroço preto do ingá, os outros não o interrogam: as presas de marfim que indicam o caminho são garrafas vazias. Chico perde-se no cemitério sagrado, as carcaças de pés grotescos surgindo ao luar.

TREVISAN, Dalton. Cemitério de elefantes. In: Primeiro livro de contos. 1. ed. Rio de Janeiro, Record, s. d., p. 28-31.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas de linhas pontilhadas no texto:
A
em - do - sobre.
B
sobre as - no - nos.
C
nas - ao - em.
D
às - do - a.