Questão boa para revisarmos o período em que os holandeses ocuparam parte do nordeste brasileiro.

Após a primeira tentativa de estabelecer a sua colônia em terras brasileiras em 1624, os holandeses retornaram ao Brasil em 1630. Dessa vez se fixaram em Pernambuco. O objetivo era fixar o seu domínio, controlar o cultivo da cana-de-açúcar e as exportações para o mercado europeu.

Para assumir a função de governo, centralizando os poderes militar e político, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais convida o Conde João Maurício de Nassau.

Em 1637 ele chega a Recife nomeado como administrador geral do Brasil holandês. Inúmeros profissionais liberais, como médicos, arquitetos, cientistas e artistas desembarcam junto com Nassau.

A cidade de Recife é designada como sede da Nova Holanda.

A administração de Nassau logrou êxito ao expulsar os luso-espano-brasileiros da região. Além disso, dedicou-se ao restabelecimento da administração civil e militar da colônia. Restabeleceu a produção da capitania por meio da oferta de empréstimos para recuperação dos engenhos de açúcar.

Ele contribuiu para o desenvolvimento da economia açucareira no Nordeste com métodos aperfeiçoados de cultivo da cana-de-açúcar e do fumo.

Esteve à frente das melhorias estruturais e culturais da cidade de Recife. Foi responsável pela drenagem de terrenos, construção de canais, diques, pontes, palácios (Palácio de Friburgo e Palácio da Boa Vista), jardins (botânico e zoológico), o museu natural, o observatório astronômico.

No entanto, em 30 de setembro de 1643, após desentendimentos com os líderes da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Maurício de Nassau recebe a Carta de dispensa dos Estados Gerais.

Após a partida de Nassau, a organização política e econômica da região começa a se desfazer.

Os senhores de engenho local passam a ter dificuldades para honrar as dívidas contraídas junto aos holandeses.

A convergência de desentendimentos entre as elites, a população e a administração culminaram na Insurreição Pernambucana de 1645.