Anita Malfatti montou uma exposição no Brasil em 1917. Essa exposição teve uma grande repercussão no mundo artístico e influenciou a Semana de Arte em 1922. Monteiro Lobato, num artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação”, teceu uma crítica devastadora sobre a obra da artista:


“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem as coisas e em consequência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. [...]. Estas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & cia.”
(Jornal do Estado de São Paulo. 20.12.1917)
Observe os quadros abaixo:

O Homem Amarelo (1915) A Boba (1916) O Japonês (1916)

A Lavadeira (1920) Retrato de Nonê (1935)
Disponíveis em: www.itaucultural.org.br Acesso em: 14 maio 2010.
Analise as afirmativas a seguir:
I. As críticas tiveram um efeito terrível na jovem pintora que tomou aula com artistas acadêmicos e afastou-se das suas ousadias modernistas.
II. Mario de Andrade, amigo próximo de Anita, elogiava a produção modernista da jovem artista, mesmo assim, ela abandonou o caminho do modernismo.
III. Monteiro Lobato e Anita Malfatti reaproximaram-se e, sendo movidos pelos mesmos ideais, realizaram a Semana Modernista de 1922 com outros artistas.
Assinale a alternativa CORRETA.