O ASSASSINO ERA O ESCRIBA
Paulo Leminski
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Fonte: https://armazemdetexto.blogspot.com/2019/01/poema-o-assassino-era-o-escriba-paulo.html
Leia o texto – O Assassino era o Escriba e, levando-se em conta os aspectos gramaticais, assinale a única alternativa correta.