Questão
2023
FGV
Prefeitura Municipal do Jaboatão dos Guararapes (PE)
Professor II - História (Pref Jaboatão dos Guararapes/PE)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Em 1147 os cruzados chegaram na cidade do Porto, onde foram recebidos pelo bispo D. Pedro Pitões com um discurso que os compelia a ajudarem o rei D. Afonso Henriques na retomada da cidade dos mouros:

Portanto, irmãos, tomai com essas armas a força com que na guerra defendemos dos bárbaros a nossa pátria, dos inimigos a nossa casa, dos ladrões os nossos amigos; porque ela está cheia de justiça. Fazei a guerra por zelo de justiça e não por impulso violento da ira. Ora a guerra justa, diz o nosso Isidoro, é a que se faz por reaver o que é nosso, ou para repelir os inimigos. Quem mata os maus só no que eles são maus e o faz com justo motivo, é ministro do Senhor. Portanto não é lícito duvidar de que seja legitimamente empreendida a guerra que se faz por ordem de Deus.

Adaptado de Conquista de Lisboa aos mouros em 1147, Carta de um cruzado inglês. Lisboa: J. Felicidade Alves, 2004, p. 28-30.

Com base no trecho, analise as afirmativas a seguir a respeito da mentalidade cruzadista da nobreza portuguesa no século XII.

I. A igreja legitimou o confronto cristãos-muçulmanos com o argumento de que essa guerra possuía uma causa justa: retomar um território da cristandade que havia sido invadido pelo Islã.

II. A mentalidade de cruzada atribuiu ao processo militar de Reconquista um caráter sagrado, em consonância com a vontade divina.

III. O espírito cruzadista foi alimentado por um discurso binário e dicotomizado, em que o inimigo muçulmano é descrito como um violador e é associado à destruição e ao saque.

Está correto o que se afirma em
A
I, apenas.
B
I e II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.